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Declaração do G20 é celebrada por ONU e ONGs, que reforçam pedido pelo fim dos combustíveis fósseis

  • Foto do escritor: Nelson Bagnato
    Nelson Bagnato
  • 19 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura
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Simon Stiell, secretário executivo para Mudanças Climáticas da ONU (UN Photo/Cia Pak/Divulgação)


O secretário executivo de Mudanças Climáticas da ONU, Simon Stiell, elogiou a declaração do G20, emitida no Rio de Janeiro, que pede um "resultado positivo" sobre o financiamento climático na COP29. Em uma cúpula realizada em Baku, Stiell enfatizou a necessidade urgente de que todas as nações superem o orgulho e agilizem as negociações climáticas.


A declaração do G20, bloco que representa 85% do PIB mundial e cerca de 80% das emissões globais de gases de efeito estufa, também pede a taxação dos mais ricos e a reforma do sistema financeiro internacional, demandas apoiadas por países em desenvolvimento e diversos grupos da sociedade civil.


Stiell saudou esse apoio como “um sinal essencial em um mundo assolado por crises de dívidas e impactos climáticos devastadores”. Ele destacou a importância da cooperação global e a necessidade de que a COP29 estabeleça uma meta ambiciosa de financiamento climático como parte de um pacote equilibrado.


Organizações ecologistas reagiram positivamente à declaração de Baku, que enviou "sinais corretos" sobre o financiamento, especialmente na reforma da arquitetura global. Contudo, lamentaram a ausência de um compromisso firme dos países ricos para acelerar a transição dos combustíveis fósseis.


Catherine Abreu, diretora do International Climate Politics Hub, alertou que "nenhuma quantidade de financiamento pode nos salvar de um aquecimento global de 3 a 4 graus Celsius" caso as principais potências mundiais não eliminem progressivamente o carvão, petróleo e gás.


Linda Kalcher, diretora executiva do think-tank Strategic Perspectives, comentou que, apesar dos “tempos geopolíticos tensos”, o G20 alcançou um “resultado unido” sem retroceder nos compromissos existentes, um desafio após as eleições nos EUA e com a resistência de países como a Rússia.


Kalcher destacou que os líderes rejeitaram o negacionismo climático, reafirmaram o compromisso com o Acordo de Paris e demonstraram a importância da cooperação global para um resultado bem-sucedido em Baku. Ela insistiu na necessidade de um novo acordo sobre uma meta significativa de financiamento climático, desafiando o G7 a apresentar números concretos.

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Em reunião com jornalistas, Kalcher mencionou que “afastar-se dos combustíveis fósseis faz sentido econômico e é bom para a segurança energética”. Ela destacou que muitos países já estão adotando a transição energética e que a tendência deve se fortalecer globalmente.

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