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Mudanças Climáticas

  • Foto do escritor: Nelson Bagnato
    Nelson Bagnato
  • 2 de out. de 2024
  • 6 min de leitura

O que é Aquecimento Global?


Aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície da Terra que pode ser consequência de causas naturais e atividades humanas. Isto se deve principalmente ao aumento das emissões de gases na atmosfera que causam o efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2).O que é Aquecimento Global?


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O que é Efeito Estufa?

O Efeito estufa corresponde a uma camada de gases que cobre a superfície da terra, essa camada composta principalmente por gás carbônico (CO²), metano (CH4), N²O (óxido nitroso) e vapor d água, é um fenômeno natural fundamental para manutenção da vida na Terra, pois sem ela o planeta poderia se tornar muito frio, inviabilizando a sobrevivência de diversas espécies.


Normalmente parte da radiação solar que chega ao nosso planeta é refletida e retorna diretamente para o espaço, outra parte é absorvida pelos oceanos e pela superfície terrestre e uma parte é retida por esta camada de gases que causa o chamado efeito estufa. O problema não é o fenômeno natural, mas o agravamento dele. Como muitas atividades humanas emitem uma grande quantidade de gases formadores do efeito estufa (GEEs), esta camada tem ficado cada vez mais espessa, retendo mais calor na Terra, aumentando a temperatura da atmosfera terrestre e dos oceanos e ocasionando o aquecimento global.


Quais são as principais consequências do aquecimento global?

O aquecimento global traz diversas consequências, muitas das quais já são perceptíveis em várias partes do mundo. Os cientistas observam que o aumento da temperatura média do planeta está elevando o nível do mar devido ao derretimento das calotas polares, o que pode levar ao desaparecimento de ilhas e cidades costeiras densamente povoadas. Além disso, prevê-se uma maior frequência de eventos climáticos extremos, como tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, secas, nevascas, furacões, tornados e tsunamis, com graves impactos para as populações humanas e ecossistemas naturais, podendo causar a extinção de espécies de animais e plantas.


Quais são as causas das mudanças climáticas e do aquecimento global?

As mudanças climáticas podem ser causadas por fatores naturais, como variações na radiação solar e nos movimentos orbitais da Terra, ou por atividades humanas.


O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas responsável por fornecer informações científicas, afirma com 90% de certeza que o aumento da temperatura na Terra é causado pela ação humana. Desde a Revolução Industrial, a humanidade tem emitido quantidades significativas de gases de efeito estufa (GEE), especialmente dióxido de carbono. Nesse período, a concentração original de 280 ppm desse gás aumentou para os atuais 400 ppm, intensificando significativamente o efeito estufa. Portanto, as atividades humanas têm um papel crucial nas mudanças climáticas.


Quais as principais atividades humanas que causam o aquecimento global?

Entre as principais atividades humanas que causam o aquecimento global e consequentemente as mudanças climáticas, a queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural) para geração de energia, atividades industriais e transportes; conversão do uso do solo; agropecuária; descarte de resíduos sólidos (lixo) e desmatamento. Todas estas atividades emitem grande quantidade de CO² e de gases formadores do efeito estufa.


No Brasil, as mudanças do uso do solo e o desmatamento são responsáveis pela maior parte das nossas emissões e faz o país ser um dos líderes mundiais em emissões de gases de efeito estufa. Isto porque as áreas de florestas e os ecossistemas naturais são grandes reservatórios e sumidouros de carbono por sua capacidade de absorver e estocar CO². Mas quando acontece um incêndio florestal ou uma área é desmatada, esse carbono é liberado para a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e o aquecimento global. Mas as emissões de GEE por outras atividades como agropecuária e geração de energia vem aumentando consideravelmente ao longo dos anos.


Quais são os principais gases de efeito estufa (GEE)?

Os principais gases de efeito estufa são o dióxido de carbono (CO2), o metano e o óxido nitroso. O CO2 é o gás que tem maior contribuição para o aquecimento global, pois representa mais de 70% das emissões de GEE e o seu tempo de permanência é de no mínimo cem anos, resultando em impactos no clima ao longo de séculos. A quantidade de metano (CH4) emitida para a atmosfera é bem menor, mas seu potencial de aquecimento é vinte vezes superior ao do CO2. No caso do óxido nitroso e dos clorofluorcarbonos (CFCs), suas concentrações na atmosfera são menores, mas o seu poder de reter calor é de 310 a 7.100 vezes maior do que do que o CO2.


Quais são os países que mais emitem gases de efeito estufa?

Historicamente, por conta do desenvolvimento industrial os países desenvolvidos tem sido responsáveis pela maior parte das emissões de GEE, mas os países em desenvolvimento vêm aumentando consideravelmente suas emissões. Atualmente, a China ocupa o primeiro lugar do ranking, seguido por Estados Unidos, União Europeia e pelo Brasil.


Como podemos combater o aquecimento global?

Existem inúmeras maneiras de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os efeitos do aquecimento global. Podemos começar diminuindo o desmatamento e investindo no reflorestamento e na conservação de áreas naturais. Além disso, é essencial incentivar o uso de energias renováveis não convencionais, como solar, eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas.


Optar por biocombustíveis, como etanol e biodiesel, em vez de combustíveis fósseis, como gasolina e óleo diesel, também faz uma grande diferença. Investir na redução do consumo de energia e na eficiência energética é outra medida crucial. E não podemos esquecer de reduzir, reaproveitar e reciclar materiais, além de investir em tecnologias de baixo carbono.


Melhorar o transporte público com baixa emissão de gases de efeito estufa é fundamental. Todas essas ações podem ser implementadas através de políticas climáticas nacionais e internacionais. Juntos, podemos fazer a diferença e garantir um futuro mais sustentável para o nosso planeta!


O que faz a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima?

A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, em inglês) é uma plataforma de cooperação internacional onde os países membros se unem para criar políticas que reduzam e estabilizem as emissões de gases de efeito estufa, garantindo que as atividades humanas não interfiram drasticamente nos processos climáticos.


A primeira reunião histórica aconteceu em 1992, durante a Eco 92, a Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro. Foi lá que o texto da convenção foi assinado e ratificado por 175 países, reconhecendo a urgência de um esforço global para enfrentar as questões climáticas. Desde então, a Convenção do Clima entrou em vigor, e representantes de diferentes países se reúnem anualmente para discutir sua implementação. Essas reuniões são conhecidas como Conferências das Partes (COPs).

Juntos, podemos fazer a diferença e proteger nosso planeta para as futuras gerações!


O que é Protocolo de Quioto?

O Protocolo de Quioto assinado é um tratado internacional que estipulou as metas de reduções obrigatórias dos principais gases de efeito estufa para o período de 2008 a 2012. Apesar da resistência por parte de alguns países desenvolvidos foi acordado o princípio da responsabilidade comum, porém diferenciada. Assim, os países desenvolvidos e industrializados (pertencentes ao Anexo I) por serem responsáveis históricos das emissões e por terem mais condições econômicas para arcar com os custos seriam os primeiros a assumir as metas de redução até 2012.


Em 2012, durante a COP 18 em Doha, quando estava previsto a finalização do Protocolo de Quioto, foi observado o não atingimento das metas por diversos países e o protocolo foi prorrogado até 2020. Em 2020, quando o Protocolo de Kyoto perder sua validade, espera-se que os países busquem um novo acordo com metas para todos os países, incluindo os países em desenvolvimento. Essa será a principal discussão da COP de 2015, em Paris.


O que é o MDL?

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é uma ferramenta poderosa que faz parte do Protocolo de Quioto. Ele permite que países desenvolvidos, listados no Anexo I, invistam em projetos de redução de emissões em países em desenvolvimento. As emissões reduzidas são convertidas em créditos de carbono, que podem ser comercializados no mercado de emissões.


Esse mecanismo de mercado oferece uma oportunidade incrível para que países com obrigações de redução de emissões possam comprar créditos de carbono de países que já atingiram suas metas e têm créditos excedentes para vender. É uma maneira inteligente e eficiente de colaborar globalmente para combater as mudanças climáticas!


O que é REDD?

REDD é uma sigla que significa Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, este mecanismo foi criado para incentivar que as florestas sejam preservadas para evitar o desmatamento e consequentemente as emissões de gases de efeito estufa. Este mecanismo surgiu em 2013, durante a Conferência das Partes em Bali na Indonésia, posteriormente incluíram no seu conceito atividades de conservação, manejo sustentável das florestas em países em desenvolvimento, denominado REED+ (REED plus, em inglês). Embora a Política Internacional de REDD ainda esteja em construção, já existe uma série de iniciativas no mundo que estão aplicando este mecanismo. No Brasil o WWF em parceria com o governo do Acre vem apoiando a construção do REDD no âmbito do programa de pagamentos por serviços ambientais. O REDD é uma importante ferramenta para os países com florestas nativas para contribuir para a conservação, redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa.

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